1.Listas de Tabelas

Tabela 1: Horário escolar da turma A.

 

 

2. Lista de Siglas e abreviaturas

EPB – Estágio Pedagógico de Biologia

UniP – Universidade Púnguè

PEB – Programa de Ensino de Biologia

PEA – Processo de Ensino e Aprendizagem

ESG – Ensino Secundário Geral

LEA – Livro Escolar do aluno

EN7- Estrada Nacional número 7

TPC-Trabalho Para Casa

 

 

 

                                                                                                                                 

 

Declaração

Eu Ângelo Bento Fole, declaro que este relatório serve como instrumento de avaliação, para a Cadeira de Estagio Pedagógico de Biologia (EPB) leccionadas na Unipúngè, que é o resultado da minha investigação pessoal e da orientação do supervisora. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente citadas no texto, nas notas e estão patentes na bibliografia final.

Declaro ainda que este relatório não foi apresentado em nenhuma outra instituição de ensino, e serve como elemento de avaliação.


 

Resumo

O presente documento é um relatório de Estagio Pedagógico de Biologia, é fruto daquilo que foi o decurso do Estagio pedagógico de Biologia 4º Ano do curso de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Ensino de Química. O documento em referência, descreve as actividades desenvolvidas na universidade Púnguè. No Estagio Pedagógico de Biologia, foram desenvolvidas as seguintes actividades: localização da Escola, descrição da Sala de Aulas na parte externa e interna da mesma, e a lecionação. Na Fundamentação Teórica, deu se os conceitos os dos seguintes elementos: Observação, educação, turma, professor, aluno, ensino, aprendizagem, planificação, recursos de ensino, técnicas de ensino e as funções didácticas de uma aula. É importante salientar que o Professor é um mero mediador da informação que os estudantes trazem de diversos locais.

Palavras-chaves: Ensino-AprendizagemEstagio PedagógicoPlano de aula e Educação.

 


 


CAPITULO I: INTRODUÇÃO

O presente Relatório de Estagio Pedagógico de Biologia que resulta de um trabalho de exposição escrita, objectiva e minuciosa das actividades do campo realizadas na Universidade Púnguè. O relatório visa abordar aquilo que foi as actividades desenvolvidas no presente no ano lectivo de 2020, no âmbito do Estágio Pedagógico de Biologia. Qualquer formação de um indivíduo nas várias áreas de conhecimento. Pois o este Relatório contempla uma estrutura sequencial mediante o decorrer das atividades: Lecionação das aulas na Universidade Púnguè.

Relatório: exposição oral ou escrita, objectiva e minuciosa de um assunto” (Dicionário da língua portuguêsa, prestígio plural editorap.1443)

 

É sempre relevante ter-se em conta ou presente não só a componente teórica mas também a componente pratica que, ajuda muito na compreensão do mundo real e teórico de que se está a aprender. Portanto, a Universidade púnguè está vocacionada a formação de professores para a melhoria da qualidade de ensino no nosso pais, é exatamente com o sentido de mostrar aos futuros professores as condições reais em que eles irão trabalhar com vista a ambientar e contextualizar as teorias de ensino com a realidade da nação Moçambicana.

 

De salientar que este estágio teve como objectivo fundamental a leccionação de aulas pelos estudantes no campo (nas escolas), pondo em prática de forma decisiva e integra os conhecimentos adquiridos durante a formação. Com o Estágio Pedagógico pretende-se que o estudante, desenvolva as competências de planificar e organizar as complexas situações do ensino e aprendizagem; de trabalhar em equipa desenvolvendo o princípio de interdisciplinaridade e construindo projectos educativos comuns; de desenvolver acções de pesquisa usando meios tecnológicos actualizados em busca de respostas às questões problemáticas deparadas ao longo do processo de ensino e aprendizagem; de colaborar na formulação do projecto da escola, nas adaptações curriculares e administração de recursos da escola de ser um agente de transmissão de valores cívicos e morais a partir de suas próprias atitudes.

 

O relatório está estruturado da seguinte maneira: Capitulo I, trata-se de introdução, objectivos e metodologias, aspectos fundamentais da cadeira, Capitulo II, fala-se de referenciais teóricos, capitulo III, apresentação dos estudantes a Direcção de Escola assim como aos respectivos tutores, descrição da Escola de Estagio e apresentação das actividades desenvolvidas durante o Estagio e IV e ultimo capítulo apresenta aspectos conclusivos e referência bibliográfica.

      1.1.Objectivos

1.2. Objectivo geral:

ü  Conhecer o processo de planificação, leccionação da aulas de Biologia e suas fases no PEA.

 

1.3.Objectivosespecíficos

Ø  Desenvolver conhecimentos, habilidades, competências organizacionais, pedagógicas e profissionais gerais bem como atitudes no estudante, futuro professor, no domínio do processo de ensino e aprendizagem da disciplina específica;

Ø  Possibilitar a vivência do meio escolar ou profissional em contacto real ou simulado com os diversos intervenientes, de modo a criar hábitos de colaboração e de convivência próprias do meio em que se encontra;

Ø  Permitir adaptação psicológica e socioprofissional do estudante á sua futura actividade.

 

1.3.Metodologia

Para a materialização do presente relatório foram privilegiados os seguintes métodos: de consulta bibliográfica, método de trabalho do campo e observação directa dos factos concretos durante a leccionação das aulas.

Pesquisa Bibliográfica: é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. (SILVA & MENEZES, 2001:21).

Estudo de Campo: procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da observação directa das actividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações que ocorrem naquela realidade. (GIL, 2008:12).

Segundo LAKATOS (2009) “a observação é uma técnica de Colecta de dados para conseguir informações e utiliza sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade”.

Este método serviu para apurar por exemplo as características das instalações e o modo de vida dos formandos.

1.4.Fases do Estágio Pedagógico

O Estágio Pedagógico foi desenvolvido em três fases das quais, a primeira fase é da pré-observação; a segunda, observação e a terceira e última é da pós-observação.

1.4.1.Pré-observação

Na fase da pré-observação, desenvolveu-se actividades antes da partida á escola integrada, dentre as quais se destacam: apresentação do plano analítico; formação dos grupos; a distribuição dos estudantes pelas escolas; bem como das respectivas apresentações dos grupos dos estudantes nas escolas integradas.

De forma individual o autor deste relatório, nesta fase, pesquisou sobre as actividades que se realizam no âmbito das actividades práticas do campo do Estágio Pedagógico (EP) - no 4º Ano, de modo a ter noção daquilo que o estudante como estagiário podia fazer nesta cadeira.

 

1.4.2.Observação

Ø  Descrição e análise de actividades da leccionação do tutora e avaliação das aulas dadas pelo tutora;

Ø  Análise do programa da classe e da dosificação elaborada pela escola.

Ø  Observação da turma: Caracterização dos alunos e organização das aulas.

 

1.4.3. Pós-observação

Ø  Sintese das actividades desenvolvidas;

Ø  Constatações e recomendações.

1.4.5. Planificação e Execução de aulas

Ø  Síntese do trabalho efectuado na planificação e execução das aulas.

 

  
CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO

A educação é um conceito amplo que se refere ao processo de desenvolvimento unilateral da personalidade envolvendo a formação de qualidades humanas físicas, morais, intelectuais, estéticas tendo em vista a orientação das actividades humanas na sua relação com o meio social.

 Segundo Libaneo (1990: 22-23) a educação corresponde, pois, a toda modalidade de influência e inter-relações que convergem para a formação de traços da personalidade social e do carácter implicando uma concepção do mundo ideias, valores, modos de agir que se traduzem em convicções ideológicas da vida prática.

Para o desenvolvimento do presente relatório o praticante tomou como referencias teóricas de bases algumas obras de autores.

Para prática pedagógica incide directamente sobre o PEA que, por sua vez, pressupõe e facilita o desenvolvimento do aluno e do professor em formação. Mas também o supervisor ou orientador da prática pedagógica se encontra, ele próprio, num processo de desenvolvimento e aprendizagem (ALARCAO & TAVARES,2003:45).

As etapas das práticas pedagógicas testemunham a multi-dimensionalidade da educação em que cobre ao corpo docente e orientação das várias actividades. Nestas práticas foi notória ainda que a educação é um processo educacional de sociedade e geração, rege na base interesses, necessidades dos respectivos membros cuja satisfação concorre para a assimilação de valores culturais e técnicos profissionais.

Segundo o LIBANEO (2002:32) a educação associa-se a processo de comunicação e interação pelos quais os membros de uma sociedade, geração assimilam saberes, habilidades, técnicas, valores existentes no meio culturalmente organizado e com isso ganham o patamar necessário para produzir outros saberes técnicas, valores, etc.

2.1. Importância de Estágio Pedagógico

O Estágio Pedagógico tem uma grande importância pois possibilitam-nos a vivência do meio escolar em contacto com os alunos, professores, pais e encarregados de educação, funcionários e colegas, de modo a criar hábitos de colaboração e de convivência próprias desse meio. Desenvolvem actividades do PEA, pesquisa, desenvolvimento de competências do saber ensinar, aprender, saber ser e saber conviver profissionalmente assim como desenvolver capacidades de análise e contribuição critica e criadora para uma melhoria da qualidade de ensino. Elas surgem entre vários objectivos, dar à disposição dos praticantes a planificação de actividades de ensino e aprendizagem tendo em conta as perspectivas interdisciplinares e transversais (DIAS, et al, 2010:19).

Sengundo Duarte, 2008, as Práticas Pedagógicas também desenvolvem competências de saber ensinar, aprender, ser, assim como, desenvolver capacidades de análise e crítica criadora para uma melhoria de qualidade de ensino, pois, a competência se resume numa série de capacidades que o professor desenvolve, e que lhe permitem realizar não só o trabalho pedagógico, como também o trabalho organizacional do processo do ensino/aprendizagem.

 

cientificidade do relatório relaciona-se com o uso da racionalidade para compreender o Estágio Pedagógico e a construção de um conhecimento novo sobre o ensino e a aprendizagem de uma certa disciplina é conduzir o praticante à descoberta e à compreensão de que o ensino e a aprendizagem de Biologia são fenómenos organizados e orientados por princípios que ordenam a natureza complexa da discilpina. Assim, o estágio é para o praticante perceber a realidade escolar de uma forma ordenada e unitária, e que compreenda as relações existentes entre as coisas, os factos e os fenómenos relacionados com o Processo de Ensino-Aprendiza-gem (Dias, at all. 2010:199).

 

O trabalho docente constitui um comprimisso com a sociedade pela sua responsabilidade de preparar os alunos para se tornarem cidadãos activos e participantes na familia, no trabalho, nas associações de classe, na vida cultural e política (Libaneo1990:47

 O processo de ensino visa alcançar determinados resultados em termos de domínio de conhecimento, habilidades, hábitos, attitudes, convicções e de desenvolvimento das capacidades cognoscitivas dos alunos (Ibid.:79).

 

2.2. Professor

É um projecto de actividades que regula e orienta a actividade do praticante, evitando dispersões desnecessárias. (DIAS, et al (2010:130). Nessa perspectiva de referir que o Professor é o único sujeito que deve garantir as condições em vista a assimilação dos conhecimentos pelos alunos.     

 

2.3. Actividades realizadas na UP

De referir que quantas as actividades realizadas na Unipúnguè, não houve apresentações de seminários em grupos, so deu algumas considerações sobre o que ia-se fazer no Relatório de Estagio de Prática Biologia (EPB). No princípio de estágio do Docente realizava-se um encontro com o docente para apresentar algumas dificuldades que encarava-se no Estágio, como que o estágio estava decorrer e se existia algumas preocupações na parte dos praticantes ou estagiários; o supervisor pela caridade que tinha pelos estudantes resolvia o problema de cada estudante para não ficar de fora de estágio.

 

2.1.Formacao de Professor

Um professor verdadeiramente formado sofreu mudança na sua maneira de pensar, tem olhar crítico sobre a realidade que o circunda, é motivado a ajudar os seus alunos a terem também uma visão de conjunto das coisas. A escola, para este professor, continua a ser o campo de aprendizagem de novas coisas com os seus alunos e de crescimento profissional.

Assim, a formação de professores ramifica-se em formação académica e formação profissional, a formação académica é o processo e o resultado de estudos gerais e específicos e formação pedagógica é o conjunto de processos que conduzem ao individuo a exercer com competências a actividade docente (MIALARET,1977:9-22).

 

2.2.Competencias

Segundo RIOS (1999:46), ser competente significa saber fazer bem. O saber fazer bem deve aparecer em todos os aspectos da vida do professor, na preparação e leccionação das aulas, nas actividades da escola e da comunidade.

A competência de um professor formado ee digna de apreciação e exemplo no que concerne a reputação que ostenta na sociedade, espelho de bem-estar e fazer, torna-se uma fonte fidedigna capaz de honrar os compromissos que lhes forem confiados.

De igual modo, NIQUICE (2002:102) diz que a competência se resume numa serie de capacidades que o professor desenvolve, e que lhe permitem realizar nao so o trabalho pedagógico, como também o trabalho organizacional.

 

2.2.1.Planificação de aula 

Para LIBANEO (1994:222) a planificação é um processo de racionalização, organização e coordenação da acção docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social

E para GOLIAS (1995), planificação da aula é antecipação ideal das acções essenciais a serem realizadas tanto pelo professor como estudantes no processo de ensino e aprendizagem. O mesmo define avaliação como um processo dinâmico, continuo e sistemático que acompanha o desenrolar do acto educativo. Então, a planificação implica o estabelecimento de recursos necessários para as metas.

Os objectivos são organizar todas as actividades e recursos necessários para uma aula e tem como importância evitar a improvisação de aulas, permitindo ao professor uma condução confiante do processo do ensino.

2.2.2.Aula

BUDARNIY (1987) define a aula como uma forma fundamental de organização do processo de ensino na escola com efeito, ele constituía a condição necessária para o ensino e a formação num processo único para dar aos alunos conhecimentos, habilidades e para desenvolver suas capacidades cognitivas.

De forma resumida pode se dizer que a planificação do ensino se concretiza com a aula. Portanto, a aula é um desdobramento do plano do ensino, porque no contexto escolar aula é a forma predominante de organização do processo do ensino. Na aula criam-se, desenvolvem-se e transformam-se as condições necessárias para que os alunos assimilem conhecimentos, hábitos, atitudes, valores e convicções e Assim, desenvolvem suas capacidades cognitivas (LIBANEO,1994:177).

 

2.2.3.Objectivos de ensino

Os objectivos de uma aula são denominados específicos ou comportamentais. Estas, transformados a partir de objectivos gerais, devem ser definidos efetivamente por uma acção para facilitar o alcance dos mesmos no que concerne a assimilação da matéria no educando e a sua resposta na realização das actividades. Estes particularizam a compreensão das relações entre a escola e a sociedade e especialmente do papel da matéria de ensino. Tem um caracter pedagógico, porque explicitam o rumo a ser impresso ao trabalho escolar, em torno de um programa de formação. A cada matéria correspondem objectivos que expressam resultados a obter conhecimentos, habilidades e hábitos, atitudes e convicções, através dos quais se busca o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas dos alunos (LIBANEO, 1994:126).

 

2.2.4.Conteudos de ensino

Os conteúdos de aprendizagem são as matérias de estudo inscritas nos programas de ensino, cujos estes obedecem critérios de formulação no que tange aos níveis, graus, ano e faixa etária para permitir que a evolução de aquisição do conhecimento seja gradual.

LIBANEO (1994:128), este autor define que conteúdos são o conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e Latitudinária de actuação social, organização pedagógica e didaticamente, tendo em vista a assimilação activa e aplicação pelos alunos na sua vida prática de vida.

2.2.5. Meios de ensino

Por meios de ensino designa-se todos os meios e recursos materiais utlizados pelo professor e pelos alunos para a organização e condução metódica do processo de ensino e aprendizagem (LIBANEO, 1994:173).

Os meios didácticos são a fonte de uma aprendizagem concretizadora porque tornam a aula relevante e operacionalizada. Também estimulam, facilitam a compreensão por parte do educando para melhor enquadrar-se na matéria a ser tratada, como tornar-lhe habilidoso na execução da matéria em estudo.

 

2.2.5.Métodos de ensino

Os métodos de ensino devem definir-se como as formas de organizar a actividade cognitiva dos alunos, que assegura o domínio dos conhecimentos, dos métodos do conhecimento e da actividade prática, assim como a educação do aluno no processo docente. (Skatkin)

Método de ensino é o modo de gestão da rede de relações que se estabelecem entre o formador, o formando e o saber no seio de uma situação de formação (Pinheiro e Ramos)

 

Método de ensino é um modo de conduzir a aprendizagem, buscando o desenvolvimento integral do educando, através de uma organização precisa de procedimentos que favoreceram a consecução dos propósitos estabelecidos. (Sant’anna e Manegolla). E, nesse sentido, Risk, citado por Sant’anna e Manegolla, refere que os procedimentos de ensino são conjuntos de actividades unificadas, relacionadas com os meios de ajuda para a obtenção dos resultados pretendidos. Em realidade, representam modos de organizar as experiências de aprendizagem durante os períodos de aula.

Método de ensino ou didáctico é o conjunto de procedimentos lógica e psicologicamente ordenados, de que se vale o professor, para levar o educando a elaborar conhecimentos, a adquirir técnicas ou habilidades e a incorporar atitudes e ideais. (Nérici)

Métodos de ensino são um conjunto de acções, passos, condições externas e procedimentos utilizados intencionalmente pelo professor para dirigir e estimular o processo de ensino em função da aprendizagem dos alunos. Ou seja, são as acções do professor pelas quais se organizam as actividades de ensino e dos alunos para atingir objectivos do trabalho docente em relação a um conteúdo específico. Eles regulam as formas de interacção entre o ensino e aprendizagem, entre o professor e os alunos, cujo resultado é a assimilação consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas dos alunos. (Libâneo)

 

2.3.Processo de ensino e aprendizagem

Ensinar e aprender, são duas facetas do mesmo processo de ensino e aprendizagem, e que se relacionam em torna das matérias de ensino, sob a dirreção do professor. Nesta óptica LIBANIO (1994:54) define o processo de ensino e aprendizagem como uma sequência de actividade do professor e dos alunos, tendo em vista a assimilação de conhecimentos e desenvolvimento e habilidades dos quais os alunos aprimoram capacidades cognitivas (pensamento independente, observação, analise e outras).

 

2.4.Funções didácticas de uma aula

Segundo NERCI (2002) São etapas ou fases do processo de ensino e aprendizagem. Elas apresentam sequencialmente e com uma interligação. De acordo com o conceito acima referenciado, entende se função didáctica como passos que compõem uma aula. E podem ser Introdução/Motivação, Mediação/Assimilação, Domínio/consolidação e controlo/avaliação.

Motivação - Segundo NERCI, é todo e qualquer trabalho escolar que consiste em predispor o educando para os trabalhos escolares.

Mediação e Assimilação - Segundo VELARIANO (1979), é a função didáctica na qual o aluno adquire o património sócio cultural e científico.

Domínio e consolidação - Segundo LIBANEO (1994), é a função didáctica na qual se torna firme os conhecimentos na esfera cognitiva do aluno.

Controle e avaliação - Segundo LIBANEO (1994), é a função didáctica na qual se verifica o grau de assimilação dos conhecimentos pelo aluno.

 

2.5. Avalição

A avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor como dos alunos. Portanto, avaliar é:

a.    A perceber–se do rendimento aproveitamento escolar dos alunos e traduzi-lo em dados qualitativos e quantitativos.

b. A perceber se dá incorreção ou correção do trabalho desenvolvido pelo professor para ver si é ou não necessário uma revisão do PEA.

Graças a avaliação é possível saber se a aprendizagem está a efectuar se conforme o previsto ou não. E em caso negativo, a realimentação fornecida pela avaliação permitirá saber se o facto deve -se:

·          A inadequação dos objectivos.

·         A deficiências individuais que possam ou não ser superadas.

·         A deficiências individuais relacionadas com pré – requisitos de aprendizagem.

·         A inadequação da orientação do PEA por parte do professor devido aos métodos e meios de ensino ou outros factores.

 

A avaliação é como a “bússola” do professor para orientar o PEA rumo aos objectivos propostos. Ela indica ao professor e aos alunos o estágio de desenvolvimento dos alunos em termos da aprendizagem, mostrando os progressos e dificuldades de todos e da cada um dos alunos, afim de, na sequência disso, providenciar-se a reorientação necessária aos alunos e a todo o PEA: se é para repetir, corrigir uma noção mal assimilada ou progredir. Quer dizer, com a avaliação, professor e alunos podem ver « a que distância » se encontram das metas estabelecidas. São nesta ordem de ideias que a base para a avaliação são os objectivos definidos no âmbito desse PEA.

 

CAPITULO III: DESCRIÇÃO DA ESCOLA DE ESTÁGIO

3.Condições físicas da Unipúnguè   

A escola apresenta condições físicas pouco favoráveis para ensino e ela tem estrutura apresentável, possui 350 carteiras que estão distribuídas em 14 salas, tem salas construídas de material convencional, não possui fonte de água própria para os alunos.

A escola tem uma área específica reservada para jogos, tem 5 blocos dos quais, 4 bloco constituído por três salas de aulas cada e o quinto bloca composta por duas salas de aulas, sala dos professores, a secretária da escola, gabinete do director e de adjunta pedagógica. Os edifícios da escola não dispõem de passeios seguros, são construídas de material de zinco. Todas as salas têm portas e janelas, ela não tem jardim. Existe mastro, bandeira nacional, quadro de informação no lugar de uma vitrina, as casas de banhos e latrina não são operacionais, não tem cantina escolar, tem também uma sala para material de limpeza, a escola tem árvores de sombra

3.1.2.Condições de segurança interna da escola.

A escola não possui nenhuma vedação tanto portões, na obstante tem um segurança/guarda e não se dispõe de nenhum dispositivo contra incêndios, o que não é permitido pelo estado.

3.2.Outras condições.

A escola tem casas de banhos para raparigas e rapazes, assim também para os funcionários da escola bem separados, ela tem os materiais de limpeza por conseguinte a limpeza não é agradáveis também porque a limpeza esta sob tutela das crianças/ alunos desta escola, e por falta de fonte de agua, a sua aparência é aceitável esta bem localizada, sem biblioteca, as salas são de material convencional estão pintadas e a escola não beneficia-se de nenhuma reabilitação por enquanto e os corregedores que tem são poucos seguros mas não iluminados.

3.2.1.Corpo directivo

Nesta escola o corpo directivo é composto por um director e director adjunto pedagógico.

 

Sobre algumas Normas da escola:

·         Respeitar os horários da escola;

·         Usar a bata dentro da escola;

·         Seguir a dosificará feita pelo grupo de disciplina, etc.

Sobre o comportamento dos alunos, deixou-se claro que os alunos desta escola em geral e da turma em particular, apresentam comportamentos variáveis, isto é alguns são agitadores, alguns indisciplinados e outros apresentam um comportamento normal. Com isto deve se saber como enfrentar com estes alunos. Contudo, os delegados recomendaram aos estagiários, ler e pesquisar sobre a Gestão dos comportamentos dos alunos na sala de aula incluindo as formas de conduzir a turma.

O estudante deste relatório foi enquadrado no 1º ciclo na Turma A da 8ª classe do Curso Noturno sob tutela da Professora Shelta Augusto Gonzaga, que leciona Biologia. A Tutora nesse caso deixou algumas considerações sobre a forma de actuação no âmbito profissional tendo de seguida entregue o horário da turma ao estagiário, após assistir uma aula modelo da professora da disciplina. Todavia, o estagiário tinha a dura missão de conduzir os destinos da turma desde daquele dia, no que diz respeito, ao controle ou a transmissão dos conhecimentos científicos, experiências da vida e a cultura geral.

3.6.Horário da Turma

A Escola anexa Castro Teófilo, funciona num regime de quatro turnos, onde o 1° começava as 6h:00 até às 9h:30, das 9h: 40 ate as13h:00, das 13h:05 até 17h:15min e por fim 18:10 até às 22:55h da noite.

O horário da turma era na segunda-feira (3º tempo) e Terça-feira 4º tempo), conforme mostra a tabela abaixo:

Dia

Tempo

Horas

Segunda-feira

19 h 40 às 20:20        

Terça- feira

20h 25 as 21:05

Tabela 1Horário da 8ª Classe, Turma A

3.7.Características da sala

A sala onde funciona a 8classe, turma A. Sem vidros nas janelas, uma porta, um quadro permanente a giz e sem ventoinhas. Com quatro lâmpadas e das quatro lâmpadas ai existentes só funcionam três lâmpadas.

A sala possui uma média de 53 carteiras (cada carteira com capacidade de sentar três alunos) para os 117 alunos que nela frequentam, e uma mesa para o professor com a sua respectiva cadeira. 

3.7.1.Características dos alunos

Os alunos desta turma têm idade mínima compreendida entre os catorze (14) aos 35 anos. Em relação ao comportamento dos alunos é considerado normal e apresentam qualidades de um conjunto de características físicas e psicológicas que contribuem para sua formação. Presume-se que são alunos de diferentes manifestações comportamentais dado o seu tempo de maturação; socialmente de várias formas de ser, mas bem socializados no meio onde estão inseridos apresentando várias formas de manifestações de hábitos, usos e costumes. Finalmente quanto a motivação, os alunos desta turma despertam interesses, prestam atenção quanto a transmissão por parte do professor e assimilam os conhecimentos biológicos com maior precisão e exatidão. Da motivação os alunos alcançam uma determinada finalidade do PEA para um sentido de valor pessoal, de satisfação e de sucesso.

 

 


 
CAPITULO IV: AULAS LECIONADAS

4.Descrição das aulas lecionadas pelo praticante

Data: 12/04/2019 - Músculos

v  Características

v  Estrutura de um músculo;

v  Tipos fundamentais de músculos (estriado, liso, cardíaco).

Data: 13/04/2019- Preparação de APT

Data׃ 22/04/2019 a 27/04/2019 - Realização dos testes finais (APT) 

Data׃ 29/04/2019 - Correcção e entrega do (AT).

Data: 16/05/2019-Metabolismo

v  Conceito;

v  Processos metabólicos;

Data: 17/05/2019-Alimentos e Alimentação

v  Tipos de Alimentos;

Data: 20/05/2019- Nutrição e nutrientes                                                          

v  Caracterização dos principais grupos de nutrientes

Data: 27/05/2019 - Vitaminas

v  Principais vitaminas;

v  Suas fontes;

v  Função e carência;

Data: 28/05/2019- Minerais: Principais minerais (Cálcio, Fósforo, Iodo e Ferro);

v  Fontes; funções e insuficiências dos minerais.

Data: 04/06/2019-: 1ª Avaliação Continua Sistemática (1ªACS)

Data: 05/06/2019: Sistemas que intervêm no metabolismo Humano

v  Sistema digestivo

v  Sistema respiratório

v  Sistema circulatório

v  Sistema urinário

Data: 13/06/2019- Sistema digestivo

v  Constituição e função (revisão);

 

Data:14/06/2019- Conceito de Digestão;

v  Processos digestivos: mecânicos e químicos

4.1.Outras actividades

Além da lecionação dos conteúdos apresentados pelo professor estagiário participou na vigia da APT referente ao 1º trimestre tendo vigiado as disciplinas de Historia, Geografia e Biologia na 9ª classe nas turmas D,B, e 10ª classe turma B respectivamente.

4.2.Relacionamento estagiário-aluno

O bom relacionamento na sala é muito importante do que a variedade de métodos e recursos instrucionais utilizados. Durante as aulas o relacionamento entre o professor estagiário e aluno era bom na medida em que viu-se alunos alegres, bem-humorados, e seguros enquanto desenvolviam as actividades de aprendizagem. E o estagiário como líder foi o grande responsável pelo bom relacionamento dado que criou um clima psicológico que favoreceu a aprendizagem. O clima psicológico na sala de aula está sujeito, em grande parte, ao tipo de liderança adaptado pelo professor.

O estagiário conseguia manter a disciplina na sala, sempre ocupando os alunos com trabalhos académicos de modo a ficarem quietos e preocupados com a vida estudantil e revelava as suas experiências aos alunos. Eram aulas interativas.

O praticante de modo a motivar os alunos e fazendo com que haja o método de elaboração conjunta em muitas vezes usava elogios, prometia alguns valores a quem acertasse a pergunta e usava os meios de ensino como livro do aluno e ficha de exercícios.

 

4.3.Dificuldades enfrentados pelo estagiário na turma

Durante as actividades lectivas realizadas na sala de aula houve sucessos sim, mas também não faltaram algumas dificuldades que importa fazer compreende:

·         A negligência de alguns alunos na aquisição de materiais didáticos como ficha de exercícios.

·         Sendo uma turma numerosa foi sempre difícil fazer o acompanhamento de cada aluno na assimilação dos conteúdos.

4.3.1.Como o estagiário agiu perante estas dificuldades

O estagiário baseou-se nas ideias de (Néreci -1991:420) citado por HIZILDINA 2010 quando diz que perante algumas dificuldades na sala de aula, deve-se considerar e respeitar as dificuldades, as atitudes, as opiniões e as diferenças existentes entre os alunos, mas deve saber, em todo esse processo, manter a autoridade e mostrar firmeza nas suas ações, para que o aluno saiba respeitá-lo pela autoridade científica, pedagógica e moral que demonstra dentro e fora da sala de aula.

4.3.2.Aproveitamento pedagógico

Com base no regulamento de avaliação vigente, o aproveitamento pedagógico da turma A, 8ª classe, curso diurno referente ao 1º trimestre em particular na disciplina de Biologia foi satisfatório sendo de 87,8% positiva. Este desempenho justifica-se pela boa lecionação das aulas do professor e da participação dos alunos. Há perspetiva de aumentar esta percentagem no 2º trimestre.

4.3.3.Término do estágio

No dia 13 de Junho de 2019 deu-se por encerrar as aulas do estagiário fazendo-se assim entregue a turma a Tutora que prosseguiu com os destinos da turma.

O desempenho do estagiário foi cuidadosamente avaliado pela Tutora que o acompanhou, cuja ficha de classificação se encontra no anexo do relatório.

  

CAPITULO V: CONCLUSÃO

Conclui-se que, o estágio é um momento fundamental na vida de um acadêmico e tem uma grande importância no processo de ensino e aprendizagem, já que ele é constituído em um treinamento o qual possibilita ao estudante vivenciar o que foi aprendido na Faculdade. Em particular a lecionação de aulas, facto que criou condições tecnocientíficas bastante ricas para enfrentar qualquer situação de carácter psico-pedagógica. O estágio pedagógico de biologia é uma actividade de extrema importância para a concretização das discussões e debates teóricas que decorem num processo normal das aulas de biologia.

O Estágio Curricular Obrigatório teve e tem como grande valia permitir-nos a obter conhecimentos através de um aprendizado técnico e humano, com o objetivo de observar e aplicar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas estudadas durante os períodos. Assim sendo, por meio dele podemos perceber as diferenças do mundo organizacional, como também exercitar e adaptar ao meio de PEA, além de enriquecer e atualizar a formação acadêmica desenvolvida.

Durante o estágio tive a oportunidade de conviver com diversas situações as quais serviram e servirão como aprendizagem e experiências para o resto da minha vida como profissional da educação, como ponto positivo posso destacar o meu crescimento pessoal e profissional. Portanto, acreditamos que de modo geral conseguimos em parte alcançar tanto as necessidades da escola quanto as nossas, pois no começo nos sentimos meio sem jeito para começar a desenvolver as atividades e pôr em prática o que aprendi em sala de aula, porém fui buscando informações e perdendo o receio no primeiro trabalho, dessa forma conseguimos desenvolvê-la tranquilamente e acreditamos que acima de tudo com qualidade.

Realmente é de referir que é meramente uma tarefa do professor; organizar previamente as actividades a serem realizadas dentro da sala de aula para que haja uma aprendizagem sequenciada ao mesmo tempo conseguir direcionar os alunos para a compreensão, retenção e domínio dos conteúdos. A Planificação didáctica faz-se necessariamente por varias razões de responsabilidade moral, económica, adequação de trabalho e eficiência. Dai que o professor precisa saber, para efectuar seu planeamento, o que leccionar (conteúdo), por que leccionar (objectivos), a quem leccionar (aluno) e como leccionar (métodos e recursos de ensino). Relativamente as Funções didácticas, Preparação das condições para a concretização dos objectivos visados (motivação, revisão); acção para alcançar os objectivos (desenvolvimento, com a participação do alunos); Trabalho em torno dos objectivos (fixação, ampliação e verificação da aprendizagem).

 

4.2.Recomendações

Aos professores, penso que devia haver mais antecipação e clarificação das actividades aos estudantes e sem querer dramatizar mas sendo realista penso que tem que haver mais organização de forma que se possa iniciar a tempo e conduzir se da melhor maneira possível esta cadeira, porque esses problemas podem representar algumas dificuldades, na nossa formação de professores. E também que possam elaborar um plano bem definido sobre o estágio.

Para a escola deve haver mais salas de aulas, porque as turmas ou salas de aulas são compostas por mais de 100 alunos que torna dificilmente a percepção de maior número de alunos e sem falar do professor que tem como a dura missão de manter a turma organizada ou em ordem devido o maior número de alunos.

 

4.3.Auto avaliação do estágio pedagógico de biologia

O presente relatório sobre o estágio pedagógico de biologia, já tenho os requisitos de categoria professor, isto é, a maneira de como administrar uma turma, da motivação, ensinar e como avaliar uma determinada turma, bem como manter com as interpretações pessoas do aluno professor e vice versa.

 

 

 

 

 

 

4.4.Bibliografia

ABREU, M. & MASETTO, M.T. o professor Universitário em aula. São Paulo, Editores Associados, 1990.

ALARCÃO, I. & TAVARES J. Supervisão da Prática Pedagógica – Uma Perspectiva de Desenvolvimento e Aprendizagem. 2aedição, Almedina-Coimbra, 2003.

BORDINAVE, J.D. Estratégia de ensino-aprendizagem. 19a edição, Petrópolis, Editoras vozes, 1981.

Comissão de Revisão Curricular Central, UP, Maputo, Janeiro, 2004, P.35.

Dias, H.N. etall, Manual de apoio para as práticas pedagógicas. Editora Educar. Maputo. 2008 

GOLIAS, M. Manual de Didáctica. UP, FCP, 1995.

LARCAO, B. Ensino e Aprendizagem – uma Abordagem Geral. S/e, São Paulo, Atlas Editora, 1987.

LIBANEO, J.C. Didáctica. São Paulo. Cortez Editora. 1994

MIALARET, Gaston. A Formação dos Professores. Coimbra, Livraria Almedina, 1991.

NERICI. Introdução A Didáctica Geral. 16ª ed. Atlas. São Paulo. 1991

NIQUICE, A. F. Competências e Criatividade na Construção do Currículo de Professores Primários – Curso do Magistério Primário (IMAP) em Moçambique. PUC/São

PILETTI, C. Didáctica Geral. 3ᵅ ed São Paulo, Editora Ática. 2004

RIBEIRO, C. Avaliação e aprendizagem. 6a edição, Texto editora, 1997.

RIOS, T.A. Ética e Competências. 8a edição, São Paulo, Cortez Editora, 1999.

 


 

 


 

Anexos

 

 


 

 

 

 

Planos de Aulas

 

 

 

 

 

Fichas de Avaliação





 Plano de Unidade Temática