Botânica Sistemática 

é o mesmo que Filogenia é o ramo da Biologia que estuda a diversidade biológica, ou biodiversidade, isto é, os tipos e as variações existentes entre os seres vivos. Sistemática: A classificação dos seres vivos, que preocupa o homem desde a antiguidade, constitui, nos nossos dias, uma ciência própria, a que se dá o nome de sistemática e divide-se em dois grupos. 
a) Taxonomia consiste na formção de grupos de seres vivos com base nas semelhanças fisiomorfológicas existentes entre eles. 
 b) Nomenclatura consiste na designação, de cada um dos grupos taxonómicos estabelecidos, segundo determinadas regras estabelecidas e acordadas internacionalmente. Exemplo: Plantas da família gramineais – trigo, arroz, milho, cana-de-açúcar, mapira. 
 MILHO: Zea mays; TRIGO: Triticum vulgaris; 
MAPIRA: Sorghum bicolar; ARROZ: Oriza sativa; 
CANA-DE-AÇÚCAR: Saccharum officinarum 

Objectivos da Botânica Sistemática

descrever a diversidade biológica, ou seja, desenvolver catálogos tão completos quanto possível das características típicas de cada espécie, além de batizá-la com um nome científico. Desenvolver critérios para organizar a diversidade, agrupando os seres vivos de acordo com características importantes. Compreender os processos responsáveis pela existência da diversidade biológica. Levantamento de todas as potencialidades dos vegetais dentro dum processo evolutivo. 

1.2. Estudo de Classificsção de Lineu. 

Carloos Lineu, um naturalista sueco que estudou plantas e animais. Nos meados do século XVIII elaborou um sistema de classificação natural em que as plantas e animais são agrupamentos taxonómicos de várias categorias hierárquicas. 
 Em cada reino encontrarmos, filo, classe, ordem, familia, género, espécie. 
 Lineu na sua classificação formulou duas hipótises: 
1. Cada espécie tem um tipo ideial (padrão) com o qual pode comparar o indivíduo. 
2. O número de espécie é fixo e imutável, isto é, Lineu não admitia a evolução dos seres vivos – era fixista. O sistema de classificação baseava-se nas características morfológicas e fisiológicas. Assim os seres vivos com mair características parecidas, formavam a espécie, maior espécie semelhante formavam o género, etc. Apesar da classificação basear-se nas características morfológicas, foi aceite por todo o mundo. As semenlhanças são uma consequência do grau parentesco. As classificações devem refletir as relações de parentesco entre os diferentes grupos dos seres vivos. Para conhecer a história dos seres vivos e estabelecer um rigor é necessário conhecer a história dos seres vivos ao longo dos tempos geológicos; o importante documento é o fóssil. Este tipo de classificação baseada na evolução, é a classificação evolutiva ou filogenética; estas classificações eram diferentes das anteriores que eram verticais e consideram o factor tempo, que nenhumas das anteriores se referiam e eram horizontais.

 1.1.2. Categorias dos grupos taxonómicos 

 A partir do Lineu os seres vivos são classificaodos em Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género e Espécie – são os grupos taxonómicos ou categorias taxonómicas. O grupo de menor categoria hierárquico é a espécie. Espécie semelhante forma género, género semelhante forma família e assim sucessivamente. Surgiram mais tarde outros grupos taxonómicos: Sub- filo, sub- classe, super -família, super- ordem, sub- espécie. Exemplo: Homem – Homo sapiens; Homem moderno – Homo sapiens sapiens Piolho – Pedicuris capitis; Piolho da cabeça – Pedicules capitis capitis Piolho de vestuario – Pedicules capitis vestiment 


1.1.3. Conceito espécies. 

Specie – tipo Para John Ray o clérico inglês, espécie era um grupo de indivíduos semelhantes, com ancestrais comuns. Na mesma espécie ficaram inclusos todos os seres vivos semelhantes com capacidades de originar outros iguais entre si. Este conceito também foi usado por Lineu no seu trabalho de identificação dos seres vivos ou de espécie por eles classificadas. Este conceito apresenta dificuldades porque algumas espécies que não realizam o processo de cruzamento – segundo concepção evolucionista as diferenças que podem surgir são consideradas como estado de divergência a partir das características morfológicas. Por isso o conceito espécie pode considerar-se como uma população activa de organismos, que têm em comum, muitas características anatómicas, fisiológicas, bioquímicas e de comportamento podendo normalmente cruzar-se entre si para originar descendentes férteis. Este é um conceito multidimencional que se opõe ao primeiro baseado em características morfológicas. 

 1.1.4. Nomenclatura 

O Johm Ray utilizou a nomenclatura polinominal. Os nomes que Johm Ray utilizou para designar os seres vivos eram escritos em latim e eram constituídos por vários térmos os quais formavam vários térmos polinomiais descritivos de plantas e animais porque na altura os seres vivos eram divididos em plantas e animais. Em todas as espécies o primeiro térmo descritivo indicava o género. O Johm Ray teve sucesso porque utilizou latim. Ex: Nepeta floribus interruptae spicatus pedinculatis. Significa Nepeta (género) com flores pedinculadas em espiga interrumpida. Esta nomenclatura não foi seguida por outros cientistas, nisto, surgiu Carlos Lineu que utilizou a nomenclatura binominal o qual inclui dois termos: 1. O primeiro termo indica género 2. O segundo termo indica a espécie ou epíteto específico ou restritivo específico. O critério de nomenclatura de Lineu por ser mais simples, foi usado por todos os cientístas que até hoje se usa; utilizou também o latim. A partir de determinado momento, a mesma espécie identificada houve necessidade de evitar qualquer espécie independentemente de vários biólogos que fosse atribuida designações diferentes . Criaram-se comissões internacionais para evitar designações diferentes onde Charles Darwim fazia parte, os biólogos quando descobrecem um fenómeno ou espécie, deviam submeter à comissão. A nomenclatura proposta por qualquer biólogo para ser aceite e ter qualquer valor científico, tinha que obedecer as regras binominais do Lineu. As regras taxonómicas constituem o código internacional e aceite universalmente. Essas regras são basicamente usadas por Lineu. 

 a) Nomenclatura da espécie 

Para dar nome a qualquer espécie deve usar a nomenclatura binominal. O 1º Térmo indica género e escreve- se em maiúscula. O 2º Termo indica a espécie ou restritivo específico ou epiteto específico e escreve- se em minúscula.
 Ex: BAMBÚ: Dendrocalamus bambusoide. 
IMBONDEIRO: Adansonia digitata O nome do género sem o epiteto especifico ou restritivo especifico indica todos os membros do grupo de espécie que constituem esse género. O restritivo específico é um adjectivo modificador sem sentido ou significado quando é escrito isoladamente. 
Ex: Género – Dendrocalamus; espécie – bambusoide. O termo cinerea pode aparecer como restritivo específico Metacila.
 Ex: Género – Motacilla Eapécie – Metacila cinirea é o nome científico de lavandisca (animal) Género – Erica; espécie – Erica cinerea nome científico de Urze (planta) `1` O nome da espécie sempre escreve se em latim. Carolus Linnaeus- latinisou o nome de C. Lineu. As vezes o restritivo específico identifica o biólogo que pela 1ª vez identificou por ele. 
 Ex: Spizella brewer – Brewer ou de qualquer outra pessoa a quem por homenagem dedica o seu trabalho. Ex: Parabathella mateus – dedicado ao professor Amilcar Mateus 
 Ex: Asellus pauloae – dedicado a professora Leopordina Paulo 

 b) Nomenclatura da sub-espécie. Nomenclatura trinominal constituida por três termos: 1º termo indica género – em maiúscula; 2º termo indica a espécie ou epiteto especifico em minúscula; 3º termo indica sub-espécie ou epiteto sub-especifico em minúscula. Ex: Homo sapiens sapiens Género – Homo; Espécie – Homo sapiens; sub-espécie – Homo sapiens sapiens. 

 c) Nomenclatura dos restantes grupos taxonómicos. Para os restantes grupos taxonómicos a partir do género para cima, a nomenclatura é uninominal. A espécie e o género sempre escrevem-se em latim. As outras categorias hieráquicas podem utilizar-se qualquer lingua. 
Ex: Milho: Reino – Plantae; Género – Zea; Espécie – Zea mays. O nome do autor de qualquer designação científica pode fazer oarte do nome científico. Considera-se o autor aquele que pela 1ª vez a partir de 1758 data da publicação de sistema natural utilizou essa designação – lei da prioridade. O nome do autor escrito por extenso ou por abreviatura e em tipo de letra diferente é colocada imediatamente adiente da designação cientifica sem interposição de qualquer sinal oortografico. 
Ex: Cacana – Memordica balsamina Linaeus ou Memordica balsamina. Na classificação de qualquer espécie vegetal utilizam-se as seguintes designações. Ex: Bionta (subreino) Ales (ordem) Phyta ( divisão uo filo) Anae (super ordem) Phytina ( subdivisão ou sub-filo ) Aceae (familia) Phyceae (classe) Oidae (super familia) Idae ( sub-classe )